Flores
Florescem a seu tempo
Assim como as estações
Rubras, de todas as cores
São pulsantes, corações
Entre sístoles e diástoles
Abrem e fecham suas pétalas
Um dia morrem, se despedem
Ficam os frutos, as sementes
Em jardins, canteiros, bem cuidadas
Entre pedras, ou campos áridos
Nas planícies e planaltos
Sempre surgem, a seu tempo
Até, à beira do asfalto
Quando dadas com carinho
Provocam taquicardia
Não importa se à noite
Ou se é ao meio dia
Lindas e perfumadas
Ou metáforas poéticas
Amolecem corações
Vão além, muito além
Da sua estética
ALMIR S. COUTINHO