O ESCRITOR E A ERA DA TECNOLOGIA
Na era da tecnologia nos pegamos a refletir sobre vários temas. Inúmeras são as convicções, as crenças e agora mais do que nunca todos ( ou na sua maioria) estão expostos nas redes sociais. E as publicações nas “chamadas revistas virtuais” como: instagram, facebook, entre outros, nos fazem cada vez mais expoentes em uma sociedade de consumismo e aparência.
É notável que nos dias atuais as pessoas estão lendo mais e escrevendo mais. No entanto, podemos chamar a todos de escritores?
Creio que somos todos escreventes. As pessoas estão se comunicando mais e mais por mensagens e o telefone que tinha como função principal, ligar, agora se limita a mensagens de texto, e aplicativos de comunicação.
Como explicar que uma pessoa se comunique com a mesma pessoa instantaneamente por duas redes sociais?
A resposta é complexa, ou talvez não, tudo depende. Depende do momento, da pessoa, das trocas de mensagens, do que estão lendo e assistindo paralelamente, enquanto trocam mensagens.
E nesta troca, escrevem, escrevem. No entanto, a língua portuguesa foi ganhando cada vez mais diminutivos e os emojis foram substituindo palavras.
Se por um lado ficamos satisfeitos que os jovens estão lendo mais, nos preocupamos com a qualidade destas leituras e o acesso a informações nada relevantes. Por isto a necessidade da atuação da família na educação e supervisão dos filhos.
Já aos escritores cabe a publicação de pesquisas, poemas, contos, fábulas, crônicas para envolvermos nossos jovens em literatura de qualidade. O escritor é uma alma errante em meio a tantos escritos, textos sem nexo, plágios e agora a inteligência artificial que constrói um texto em frações de minutos, basta apenas digitar as palavras chaves que deseja.
Será que o escritor sobreviverá a esta nova era?
Creio que sim! Sempre haverá espaço para o bem fazer, para a boa prosa, a boa leitura, para a pesquisa séria e de qualidade. Como estrelas, brilham e fazem os bons leitores voarem em meio a fantasia, a descoberta, e vislumbrar um mundo paralelo, que nos leva à reflexão e o repensar a própria vida e existência.
Escrever é uma arte. Tecer palavras e construir textos para comunicar algo, é sem sombra de dúvida um trabalho belo e árduo e de pouco reconhecimento.
Para o escritor nada é mais valioso que encontrar reconhecimento da sua obra, ou seja, encontrar quem o leia. Através do leitor o escritor se torna imortal.
Maria Cristina R. Fernandes